A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
Neste blog
31 de out. de 2011
28 de out. de 2011
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinícius de Moraes
27 de out. de 2011
Anacronismo
Não sei
Se viverei
Mais dez anos.
No entanto,
Tenho sonhos
Para os próximos cem!
Tony Marques - amigo do Facebook e grupo "Versando o Cotidiano"
27/10/2011
24 de out. de 2011
Tolice
Tolice seria eu fingir
E iludir-me sobre o amor.
Esperando que se possa rir
Por já ter passado a dor.
Ah!Que absurdo, sim, seria
Nos seus passos eu andar.
Aí você é quem riria
Por, novamente, me enganar.
Por isso, é que sempre fujo
Dos doces sons de sua voz
Tal qual foge um marujo
De sua bela sereia algoz.
Faço-me, também, de cega
Para não ver seu belo sorriso.
Pois, é verdade, ninguém nega
Que é como ver o paraíso.
Regina Célia Costa
22 de out. de 2011
Até Quando Deus Quiser
E eu bebo a vida, em goles sôfregos,
com a certeza de que um dia verei os
olhos teus. Meus sonhos agora já não
são tão vagos, reatei minha alma com
a esperança. Bem sei que teu olhar
em mim me fará renascer e por muito
tempo, amar-te, amar-te...até quando
Deus quiser.
Geninha Poesias®, amiga do FACE
Espera
Ora, onde pusera eu meus olhos
senão em você,
Objeto eterno de meus sentimentos,
causa mortal de minhas emoções?
Travo, em minh'alma, batalha perdida
Regina Célia Costa
senão em você,
Objeto eterno de meus sentimentos,
causa mortal de minhas emoções?
Travo, em minh'alma, batalha perdida
Quão certa e profunda é minha entrega.
Seus pensamentos, e somente seus pensamentos,
São o desejo de toda a minha vida,
Paixão eterna do meu toque de seu toque à minha pele.
Ora, se fecho meus olhos, ainda vejo você!
Porquê, em longa e inútil espera, ainda me fazes sofrer?Regina Célia Costa
21 de out. de 2011
Dois Mundos
E, se eu vivesse em dois mundos?
O que seria da minha verdade?
Uma divisão de desejos profundos,
E da involuntária luz da vontade.
E, se eu tivesse dois amores?
O que seria da minha unidade?
Um descarte completo de valores,
Em único e mero favor à vaidade.
Então? Devo extinguir a pluralidade
De um pensar tão absoluto?
Tratar-me, a mim, com adversidade
E aceitar um sentimento diminuto?
Não. Quero todos os meus 'plurais'
Quero meus anti-desejos reais!
Regina Célia Costa, 21/10/2011
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18 de out. de 2011
Quisera eu
Eu tenho hoje e amanhã.
Porque ontem não me pertence mais.
Quisera eu poder fechar os olhos e voltar.
Voltar para a frente; naquele tempo era muito
adiante o que hoje já é passado.
Quisera eu poder fechar os olhos e sentir.
Sentir o tempo não passar e assim extinguir
o presente e o futuro; e nada se perderia.
Quisera eu poder fechar os olhos e ouvir.
Ouvir o silêncio do tempo que não quis
tocar em mim.
Mas, eu não posso fechar meus olhos.
Ainda tenho o hoje e o amanhã!
Regina Célia Costa, fiz para mim.
17 de out. de 2011
Julieta
Ao raiar do dia meu,
Espero seu lindo olhar.
Queria que fosses Romeu
E eu, sua Julieta para amar!
Regina Célia Costa, 17/10/11
Espero seu lindo olhar.
Queria que fosses Romeu
E eu, sua Julieta para amar!
Regina Célia Costa, 17/10/11
Teu perfume
Hoje, eu senti o teu perfume,
Lembranças vieram a minha mente.
Pensei naquele nosso costume
De amar-nos loucamente!
Lembrei, também, do mar e do céu,
E das estrelas contei as pontas.
São as vezes que nosso amor foi réu
De tantas brigas que perdi as contas.
Lembrei também daquele dia
Que uma lágrima vi em seu rosto.
Não acreditando que me despedia
De nosso laço de desgosto.
Regina Célia Costa, 06/10/11
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16 de out. de 2011
Janela
Da minha janela, posso ver
Tu, tão elegante, a passares.
Sonho em um dia poder dizer:
Faço dos seus, os meus andares!
Quando, de manhã, passas bem cedo
Fico esperançosa a te olhar.
Imagino as árvores d’um passaredo.
E enfim, você a me contemplar.
E, à noite, quando voltas,
Corro à janela a me debruçar.
Conto seus passos com as contas
Do rosário que fico a rezar!
Fico esperançosa a te olhar.
Imagino as árvores d’um passaredo.
E enfim, você a me contemplar.
E, à noite, quando voltas,
Corro à janela a me debruçar.
Conto seus passos com as contas
Do rosário que fico a rezar!
Regina Célia Costa, 06/10/11
15 de out. de 2011
Confissão
O raio de sol cega minha visão
Ofusca, com sua luz, meu viver.
Só não mata em meu coração
Esta angústia de te ter.
Tento me desviar da claridade
Que teima a mim proclamar:
Que vai longe da mocidade
O eterno amor a procurar.
Mas, não posso da luz fugir
Entrego-me inteira, quase derrotada.
Em seus braços me vejo a sorrir.
Sim, confesso-me por ti apaixonada
Regina Célia Costa, 06/10/2011
Professor
Pequena e simples pessoa, como nós,
Requerendo completa atenção.
Ontem, hoje e sempre, às vezes a sós
Fazendo-se de grande lição.
Embora sejamos tolos e leigos
Sublimamos a ti, com gratidão
Sabes ser muito importante
Ora, importante para a Nação
Rouxinol da sabedoria. Tu és gigante!
É lógico que tive outros professores nessas escolas, mas a memória já se perdeu.
Peço desculpas, talvez nem devesse colocar os nomes de quem me lembro. Já que outros esqueci.
Mesmo assim, minha gratidão é, na verdade a todos. Até para os que não foram meus. Então: Aos professores de ontem, hoje e sempre: meu muito obrigada.
Àqueles que foram meus professores:
Roque de Castro Reis: D. Lourdes, D. Olga (Olguinha), D. Silvia, 'Seu' Ronaldo, D. Cidinha,
D. Marlene, D. Abigail
Industrial: Prof. Nery.
Cotet (Tremembé): Prof. Sebastião, Vilma, Camilo
Monteiro Lobato: João Mendes, Miriam Paixão.
Unitau: João Sales, Marli
Requerendo completa atenção.
Ontem, hoje e sempre, às vezes a sós
Fazendo-se de grande lição.
Embora sejamos tolos e leigos
Sublimamos a ti, com gratidão
Sabes ser muito importante
Ora, importante para a Nação
Rouxinol da sabedoria. Tu és gigante!
É lógico que tive outros professores nessas escolas, mas a memória já se perdeu.
Peço desculpas, talvez nem devesse colocar os nomes de quem me lembro. Já que outros esqueci.
Mesmo assim, minha gratidão é, na verdade a todos. Até para os que não foram meus. Então: Aos professores de ontem, hoje e sempre: meu muito obrigada.
Àqueles que foram meus professores:
Roque de Castro Reis: D. Lourdes, D. Olga (Olguinha), D. Silvia, 'Seu' Ronaldo, D. Cidinha,
D. Marlene, D. Abigail
Industrial: Prof. Nery.
Cotet (Tremembé): Prof. Sebastião, Vilma, Camilo
Monteiro Lobato: João Mendes, Miriam Paixão.
Unitau: João Sales, Marli
14 de out. de 2011
Linhas (inacabadas)
Tenho medo de me ausentar.
Não de ausentar-me com a morte. Mas,
de não querer participar – da vida.
Este é o medo que me assombra, em
alguns dias ou noites.
Queria eu, poder ficar escondida lá
no escurinho do meu travesseiro. E, estando lá, imaginar minha própria Utopia.
Meu mundo perfeitinho, sem nada a temer.
No entanto, quando me lembro que as
montanhas não são de marshmallow e as árvores não são pirulitos, me recordo de
tudo o que há no mundo real. E resolvo voltar.
Lembro-me que o desafio é mais bonito que a perfeição.
E me faço presente.
Regina Célia Costa - 07/09/11
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12 de out. de 2011
Uma de Neruda
Tu eras também uma pequena folha
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo de Neruda
4 de out. de 2011
Contusão
Bati meu pé na cadeira,
Soltei um palavrão.
Que chato, dei bobeira.
Isto não pode, não!
Dei de cara com a quina.
Falei outro palavrão.
Saí de manso, na surdina,
Escondendo a cara com a mão.
Deu "choquinho" no cotovelo.
Escapou-me mais um palavrão.
Estou tendo um pesadelo?
Vou lavar a boca com sabão!
Agora, mordi a língua.
Não disse nenhum palavrão.
Chorei muito, até a mingua.
Mas, aprendi a lição!
Regina Célia Costa, escritora e poetisa blogueira.
Soltei um palavrão.
Que chato, dei bobeira.
Isto não pode, não!
Dei de cara com a quina.
Falei outro palavrão.
Saí de manso, na surdina,
Escondendo a cara com a mão.
Deu "choquinho" no cotovelo.
Escapou-me mais um palavrão.
Estou tendo um pesadelo?
Vou lavar a boca com sabão!
Agora, mordi a língua.
Não disse nenhum palavrão.
Chorei muito, até a mingua.
Mas, aprendi a lição!
Regina Célia Costa, escritora e poetisa blogueira.
Confusão?
No peito, bate e pulsa um desejo.
No pensar, tilinta um querer só.
No olhar, vislumbra o que não vejo:
No amor, o sentimento. Que dó!
Falar de amor não é meu ideal.
Mas, só consigo dele compor.
Como se da festa ao funeral,
Caminhassem, ladeados, ódio e amor.
Ódio de não mais acreditar;
Amor de que tudo traz fé.
Irmãos inseparáveis a caminhar
No que seria uma constante, mas não é.
Amor que enche e esvazia
A alma d'um apaixonado.
Ódio do que, outrora, se ria
Quem se acreditava desgraçado!
Sentimento vergonhoso, este ódio:
Empobrece tanto o coração.
Sobe, o amor vitorioso, ao pódio.
E, assim, de ti faz campeão.
Ser ou não ser...? escreveu o inglês.
Odiar ou amar? indago eu.
Sejas tu, fidalgo ou burguês,
Com ódio, por amor já morreu!
Regina Célia Costa, escritora e poetisa blogueira.
No pensar, tilinta um querer só.
No olhar, vislumbra o que não vejo:
No amor, o sentimento. Que dó!
Falar de amor não é meu ideal.
Mas, só consigo dele compor.
Como se da festa ao funeral,
Caminhassem, ladeados, ódio e amor.
Ódio de não mais acreditar;
Amor de que tudo traz fé.
Irmãos inseparáveis a caminhar
No que seria uma constante, mas não é.
Amor que enche e esvazia
A alma d'um apaixonado.
Ódio do que, outrora, se ria
Quem se acreditava desgraçado!
Sentimento vergonhoso, este ódio:
Empobrece tanto o coração.
Sobe, o amor vitorioso, ao pódio.
E, assim, de ti faz campeão.
Ser ou não ser...? escreveu o inglês.
Odiar ou amar? indago eu.
Sejas tu, fidalgo ou burguês,
Com ódio, por amor já morreu!
Regina Célia Costa, escritora e poetisa blogueira.
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