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24 de out. de 2011

Tolice

Tolice seria eu fingir
E iludir-me sobre o amor.
Esperando que se possa rir
Por já ter passado a dor.

Ah!Que absurdo, sim, seria
Nos seus passos eu andar.
Aí você é quem riria
Por, novamente, me enganar.

Por isso, é que sempre fujo
Dos doces sons de sua voz
Tal qual foge um marujo
De sua bela sereia algoz.

Faço-me, também, de cega
Para não ver seu belo sorriso.
Pois, é verdade, ninguém nega
Que é como ver o paraíso.

                   Regina Célia Costa

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